Otacílio Costa 11 de Novembro de 2011
A IMPOTÂNCIA DA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
Introdução
Durante a realização das minhas atividades em escolas do
Município de Otacílio Costa, pude constatar algumas situações de crianças que
apresentavam dificuldades de aprendizagem e de comportamento. Tais situações
foram tratadas de maneira aleatória e informal.
Porem percebo que é de extrema importância um trabalho
mais intensificado e formalizado para abranger e beneficiar um número maior de
alunos, professores e familiares.
Justificativa
Crianças com perturbações de aprendizagens sempre
existiram e por isso, estudos sobre os
fatores determinantes destas perturbações existem há séculos.
Na área escolar, a crença de que o aprendizado ocorre na
mente e isto não tem nada a ver com o corpo levou muitos educadores a acreditar
que o estudo do corpo, cabia apenas aos profissionais na área da saúde ou ao
professor de educação física.
Atualmente, a maioria dos
educadores/professores/pedagogos deixa de considerar tanto os fatores
biológicos quanto os ambientais no desenvolvimento/aprendizagem humano e
comportamento do indivíduo.
A maioria dos educadores compreende que é psicológico e
também biológico – ambos indissociáveis.
Assim, tenha o aprendiz dificuldades ou distúrbios de
aprendizagem, o conhecimento dos métodos neuropsicológicos e
neuropscopedagógicos pelos educadores permitem não apenas uma avaliação, mas
precoce mais também uma reeducação para o aprendiz.
Casa criança DA deve ser identificada como um indivíduo
total, dadas as características únicas do seu perfil de desenvolvimento e de
aprendizagem, daí a importância das formações emergidas das investigações,
formulações que tem muitas implicações para a avaliação e identificação
precoce.
A necessidade de treinar profissionais para a
identificação precoce é ponto crucial, assim como a recolha de dados de muita
gente, incluindo os próprios pais.
A educação como sabermos, é um processo de transmissão
cultural entre gerações: os pais e os professores (seres experientes), e as
crianças ou jovens alunos (seres inexperientes), ou seja, uma interação humana
que é exclusiva da espécie e que consubstancia a sócio-gênese. ( FONSECA 2001).
Todo o processo de interação da criança ou jovem desde
que nasce até que entra para as instituições escolares é a chave determinante
para identificar sinais de risco que interferem com a maturidade e qualidade
dos pré-requisitos que podem tender, mais tarde, para as dificuldades de
aprendizagem ao longo do percurso escolar.
As crianças privadas ou muito desfavorecidas sociocultural,
por exemplo, apresentam muitas dificuldades de aprendizagens por razões que são
biológicas ou neurológicas, mas essencialmente do tipo psicossocial que acabam
por interferir, dialeticamente.
A fragilidade de seu desenvolvimento neurológico expresso
em atrasos de várias ordens; psicomotor, lingüístico, cognitivo, socioemocionais,
etc., são uns impedimentos sérios para o desenvolvimento de competências de
aprendizagem.
A identificação precoce na educação infantil, ou mesmo
antes, constitui, portanto, uma das estratégias preventivas mais importantes
para a redução e minimização dos seus efeitos, pois nesse período crítico de
desenvolvimento a plasticidade neural é maior, o que quer dizer que os efeitos
de uma intervenção compensatória e em tempo útil podem ter conseqüências muito positivas
nas aprendizagens.
Para se desenvolver estratégias preventivas temos que considerar,
para além dos educadores e dos professores, os próprios pais, pois como
conhecem muito bem os seus filhos podem notar neles padrões de desenvolvimento
diferentes mesmo no seio da mesma família.
Os pais podem notar que um de seus filhos tem mais
dificuldade em dominar o alfabeto que outro, ou que tem mais relutância para
aprender a ler ou é mais distraído e descoordenado.
As percepções dos pais a respeito destas questões devem
ser seriamente consideradas, pois na suas observações diária e na sua reflexão
não profissional podem evocar sinais muito importantes para organizar uma
avaliação dinâmica do potencial de aprendizagem dos seus filhos.
Alguns sinais podem comprometer o processo de
desenvolvimento normal nas suas fases precoces, e por via deles implicar
diferentes problemas nos estágios da aprendizagem a ele inerentes
Objetivos
v Interferir e
modificar distúrbios que prejudiquem a aprendizagem;
v Focar a criança que
apresenta algum tipo de dificuldade no que diz respeito ao
aprendizado e comportamental.
v Instruir as famílias
de como estar ajudando a criança no seu desenvolvimento cognitivo e social;
v Melhorar a percepção
dos professores na identificação de alunos que apresentam comportamento diferenciado;
v Colaborar na
elaboração de programas educacionais em creches e escolas das crianças do
município de Otacílio Costa, junto a Secretaria de Educação, familiares,
comunidade, escolas e equipe multidisciplinar;
v Resgatar os
conhecimentos que as professoras já produziram;
v Facilitar o processo
de promoção das habilidades e competência;
v Encontrar meios que
possibilitem uma melhoria efetiva na baixa aprendizagem;
Metodologia:
- Analise individual;
- Estudo de caso;
- Aplicação de estratégias pedagógicas ( ação/reflexão/ação, reestruturação da forma de ensino/aprendizagem );
-Orientações e encaminhamento para profissionais da
equipe multidisciplinar;
- Documentação necessária para autorização no processo. (Documento
assinado pelo responsável pela criança );
- Entrevista com pais e coleta de dados;
- Intervenção que visa minimizar dos problemas de
aprendizagem, junto à equipe;
- Caixa de Instrumento de matéria prima ( tesoura, lápis,
borracha, apontador e massinha de modelar;
- Material disparador ( jogo cara a cara ), fortalecer o
vinculo afetivo;
Atividades/ações
- Aplicação de questionários investigativos relacionados
aos problemas apresentados;
- Entrevista com o responsável pela criança;
- Entrevista com o professor;
- Entrevista com o gestor da escola;
-Conhecer seu histórico familiar;
- No mínimo, cinco encontros de uma hora, com cada
criança indicada para o acompanhamento;
- Observação criteriosa usando os materiais de apoio
necessários (Linguagem, expressão corporal, raciocínio lógico, coordenação
motora, higiene, vestuário, visão, alimentação, percepção, compreensão e
afetividade);
- Alinhamento com a equipe multidisciplinar:
·
Psicólogos
·
Fonoaudiólogos
·
Fisioterapeutas
·
Pediatras
·
Professores
- Registro das atividades aplicadas;
- Observação e análise dos resultados das intervenções
pedagógicas.
Abrangência
- Escolas da Rede Municipal de Otacílio Costa, incluindo
Educação Infantil e Ensino Fundamental.
Cronograma
Período
|
Atividades
|
responsável
|
Início
do Ano Letivo
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Encontro
com professores
|
Equipe
multidisciplinar
|
Março
a junho
|
Acompanhamento
das crianças indicadas
|
Pedagoga
|
Junho
|
Encontro
com professores para avaliação de resultados
|
Equipe
multidisciplinar
|
Agosto
a Novembro
|
Acompanhamento
das crianças indicadas
|
Pedagoga
|
Novembro
|
Encontro
com professores para avaliação de resultados
|
Equipe
multidisciplinar
|
Investimentos:
- Sala de aula
- Caixa de instrumento de mátria prima;
- Materiais pedagógicos;
- Materiais lúdicos;
Conclusão
A grande questão
das escolas é encontrar caminhos que possibilitem ao professor a revisão de sua
própria prática descobrindo alternativas possíveis para melhorar sua ação. Isso
só é possível se o profissional da educação tiver acesso às informações das várias
ciências - Pedagogia, Psicologia, Psicopedagogia, Sociologia, Neuropscologia, Neuropscopegagogia, Psicolingüística, de forma
a atingir um conhecimento profundo vinculado a realidade educacional que,
possibilite uma visão global do aluno.
Estuda o ato de aprender e ensinar, levando sempre em conta as realidades
interna e externa da aprendizagem, tomadas em conjunto. E, procurando colocar
em pé de igualdade os aspectos cognitivos, afetivos e sociais que lhe estão
implícitos.
E, assim como todos os
educadores interessados nas investigações e intervenções sejam incentivados
para a busca de informações e conhecimentos, já que o mesmo está sendo
produzido em uma velocidade muito grande. Precisamos dedicar tempo para estudar
mais, cuidar de nossas crianças de forma mais prazerosas e investigativas que a
área da educação nós tem oferecido nos últimos anos.
Como a interferência é
construída por intermédio das ações e reações entre os indivíduos e os objetos
disparadores, têm-se a percepção que o processo de interferência permeia entre
o descobrir e o executar a tempo a melhor escolha do material que auxiliará no
desenvolvimento cognitivo-emocional,
A proposta de
intervenção apresenta e não finaliza por si só a dinâmica desse processo.
Faz-se necessário
explorar outras possibilidades, agregar novos conceitos e práticas, e ainda
buscar novos caminhos para que o propósito seja alcançado.
Referencias bibliográficas. Cognição, Neuroglia e
Aprendizagem –( Vitor da Fonseca), Ciência e Vida –( Editora Escola), Proposta
Pedagogica para a educação Infantil de Otacílio Costa –( Secretaria da Educação
de Otacílio Costa) – Neuropscologia teoria e prática – ( Daniel Fuentes Leandro
Dinis – Ramon Cosenza )
Pedagoga Raquel de Carvalho Fernandes
Pós Graduação em Neuropscologia – Ibepex Curitiba
Matriculada no curso de Neuropscopedagogia – Censupeg/sc
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